Nikki Reed, que na minha opnião é sempre muuuito simpática em todas as suas entrevistas está com um novo filme para ser lançado, no qual ela atua com seu amigo de longa data DJ Qualls, chamado Last Day of Summer. Nikki está na fase de divulgação desse novo projeto, e deu uma entrevista muito bacana ao Cinema Blend, falando sobre sua personagem Stephanie, sua vida pessoal e a amizade com DJ Qualls que interpreta Joe, e que foi quem a indicou para esse papel. A entrevista está enorme, e vale muito à pena ler, para conhecer um pouco mais sobre a pessoa por trás da nossa Rosalie. Confiram: É muito fácil associar uma atriz ao seu maior projeto no momento e é exatamente isso o que está acontecendo com Nikki Reed. Em 2003 ela era simplesmente uma novata que escreveu Thirteen (Aos Treze) e hoje ela é simplesmente Rosalie, de The Twilight Saga. Não que seja algo menor do que uma realização fantástica, mas Reed tem muita coisa acontecendo na sua carreira e esses projetos são certamente merecendo atenção também. Eu fui sortudo o suficiente para bater um papo com Reed sobre sua próxima estréia não relacionada a Twilight, Last Day of Summer. Nesse filme, dirigido por Vlad Yudin, ela interpreta Stephanie, uma jovem levada como refém por um empregado de fast food descontente interpretado por DJ Qualls. O personagem de Qualls pode estar se passando por um lunático desordenos, mas bem no fundo, ele é apenas um cara sozinho que quer ser tratado com justiça. Claramento os dois não se entrosam bem, e isso teve um efeito grande sobre como ele liga com a situação da sua refém.
É uma peça interessante em um número de níveis, mas não a sua estrela mais notável. Não é somente incomum para Qualls pegar o papel principal e um mais sério, mas ter caído no buraco de Twilight, é legal ver Nikki representando alguém não vampira. Ela tem essa experiência bem perto do seu coração por causa do desafio que isso representou e porque isso deu a ela a oportunidade de trabalhar com um amigo próximo. Reed também tirou um tempo para falar sobre alguns de seus próximos projetos.
Você foi chamada para esse papel ou você fez uma audição?
Reed: Na verdade eu fui chamada. DJ Qualls e eu somos melhores amigos por eu nem sei quanto tempo, desde que eu era uma criança, de 14, 15 anos, há muitos, muitos anos. De fato, nós comepramos casas à meia milha de distância um do outro para que pudéssemos estar próximos, de tão amigos que somos. Então, ofereceram o papel à ele inicialmente, de Joe, e eles não conseguiam encontrar Stephanie e ele disse aos produtores que ele pensava que eu podia ser a pessoa certa e eles na verdade resistiram.
Eles acharam que eu era simplesmente meio que, bonita demais, eu acho. Mas eu odeio dizer isso porque isso implica que eu me vejo dessa forma ou que essa é uma palavra com a qual eu me descreveria, o que não é, então eu na verdade tive que lutar por isso. Eu entrei e disse, ‘Vocês só acham isso porque eu interpreto papéis que são dessa forma.’ Eu interpreto personagens que são bonitas, eu interpreto personagens que são meio que intimidantes e confiantes, mas isso não significa necessáriamente que eu sou isso. Eu acho que é meio interessante que você possa realmente convencer o público de que você é o personagem que você interpreta mesmo em termos de estética, porque a verdade é que, e eu acho que depois que você vê o filme você meio que percebe que, eu não sou intimidantemente bonita e eu não quero me rebaixar; eu só não sou convencionalmente bonita, e essa é a verdade. Só aconteceu de eu ter sido contratada para papéis como esse por muitos anos.
Como você conheceu DJ? Você o conheceu em um set?
Reed: DJ e eu nos conhecemos através de amigos em comum há muitos anos, e então nós fizemos um filme juntos, chamado Familiar Strangers quando eu tinha18 ou 19, e então nós fizemos esse filme. Então nós trabalhamos juntos duas vezes, mas nós nos conhecemos através de amigos, há anos atrás e nós e nós simplesmente nos conectamos muito em algum nível incrível, que não acontece com muita frequência nessa indústria. E eu quero dizer amizade de verdade; nós nos encontramos sempre e eu levo alguns doces pra casa dele, e ele aparece com filmes, como verdadeiros amigos, não amigos de Hollywood. [Risos]
Foi isso que te deixou tão determinada a conseguir esse trabalho, trabalhar com ele?
Reed: Eu gostei do conceito, eu gostei do projeto, mas sim, é claro. Eu acho que DJ é imensamente talentoso e ele também sofre por pegar papéis fracos de vez em quando só sendo o cara engraçado, bobo, e ele é muito mais que isso.
É, eu ia dizer que é incomum vê-lo nesse tipo de papel. A maioria dos filmes em que eu o vi, ele é a parte de comédia, então é legal vê-lo em algo mais dramático e em um papel principal, por isso. Ele lidou com tudo isso facilmente?
Reed: Sim, eu me lembro dele estando muito animado sobre a oportunidade de ter um papel principal em algo onde ele não estivesse simplesmente interpretando o cara bobo e ele levou isso muito a sério. Quando você é amigo de alguém, você nem sempre percebe a profundidade do seu talento até que você está sentado assisitindo-os trabalhar e eu acho que nós dois tivemos momentos como esse no set. Houve um número de vezes onde eu ia até ele depois e tipo, ‘Você está bem para falar agora?’ E ele dizia, ‘Sim, isso foi tão incrível!’
Como foi filmar em tão poucas locações? Seu personagem em particular está realmente em só um; isso fez mais fácil para você ficar no personagem, ficar no mesmo ambiente?
Reed: Não, eu acho que nós estávamos muito confortáveis com o projeto; nós tivemos ensaios extensos e nós nos conhecemos por tanto tempo. Eu acho que quando você está confortável, é fácil se sentir como se você pudesse se afastar da sua casa. Então nesse set em particular, eu não me senti assustada em sair daquela área.
Você teve períodos extensos de ensaios? Esse é um luxo que a maioria dos filmes pequenos não tem. Esse não foi um projeto rápido do tipo, entre e faça?
Reed: Foi. Foi um indie rápido, entre, e saia, que nós tivemos que ensaiar, porque senão, nós não teríamos idéia do que estava acontecendo. [Risos] Algumas vezes é assustador fazer um filme rápido assim porque você nunca grava cenas em sequência e na ordem cronológica só fica tipo – O que eu estou fazendo? Que cena é essa? Que momento é esse no filme? O que vem antes e depois disso? – especialmente com a dinâmica entre Stephanie e Joe. Eles são muito cruciais para chegar ao timing certo de quando você acha que ela começa a confiar nele e abre o jogo ou quando ela está simplesmente manipulando ele e tentando fazer com que ele pense que ela está fazendo isso, então há muitas cenas que você pode achar repetitivas ou redundantes se você não tiver um pensamento muito específico do processo com o que ela está sentido, oposto ao que ela estava sentindo três segundos atrás. Nós tivemos ensaios e anotações muito detalhadas para que no dia que chegássemos lá, estivesse tudo tipo, ‘Ok, eu sei o que está acontecendo. Eu sei o que eu estou pensando. Eu sei o que está acontecendo nesse momento.’
Sua personagem passa por uma transformação enorme. Ela passa de uma refém para alguém que está saindo com o cara. Como você lidou com isso e fez parecer real?
Reed: É, exatamente. Como você retrata isso de uma forma realista? Como você convence de que aquilo poderia acontecer? Isso não é um testamento para todos os psicopatas que querem entrar e atirar em seus chefes; Eu não estou tentando dizer que todos eles têm bons corações, que são pessoas boas que só estão tendo um dia ruim e que isso é aceitável. Não é aceitável. Mas com Joe, essa é a beleza da produção de filmes, você pode meio que manipular as coisas um pouco e no caso de Joe, ele não é uma pessoa ruim, ele está simplesmente frustrado e desentendido, e odeia a sua vida. Só vai mostrar o quão rápido isso pode mudar com o contato humano ou alguém mais se importando com você ou te amando, e eu acho que, em todo caso, é uma mensagem sobre como tratar as pessoas. E eu acho que Stephanie, de um ponto ou outro, investe o suficiente para confiar que uma possibilidade pode, naquela circunstância, eu acho que ela investe isso nele, e isso sempre volta à cabeça dela, mas ela acredita que ela está à salvo, pelo menos perto do fim.
Então como isso está funcionando para Vlad? Ele é um diretor narrativo de primeira viagem. Isso se deixou transparecer, de alguma forma?
Reed: Vlad é realmente maravilhoso. Ele sabe o que ele quer, e sendo uma produtora nesse filme, eu realmente vi como DJ e eu contribuímos com isso. Foi interessante realmente sentir como se você fosse parte de um processo e ter conhecimento para isso, porque eu sou meio que uma atriz ofensiva nisso, eu amo olhar por trás das lentes. Se eu posso ter a oportunidade de entrar na sala de edição, é um bilhete dourado para mim. Tudo o que eu quero é aprender sobre tudo mais no processo de produção. Eu acabei de dirigir um video clip que acabou de sair e essa é uma área desse campo que eu vou me infiltrar, espero. Então com esse filme foi legal para as pessoas saberem que está tudo bem nisso. Eu não tive que perguntar mais se estava tudo bem eu ir e explorar as locações.
Qual foi o video clip?
Reed: Ele saiu a algumas semanas, e é de uma artista chamada Sage, e o nome da música é Edie Sedgwick. Você pode ir ao YouTube se estiver interessado em ver. Eu também tenho um blog chamado IAmNikkiReed.com e eu fez um post sobre ele, você pode vê-lo lá também. Eu mesma financiei ele, eu tenho orgulho do vídeo para o qual eu dei o dinheiro e o tempo que nós não tínhamos. [Risos] É interessante e artístico, é legal, é claramente meu primeiro vídeo. Eu acho que devemos manter todas as células criativas do cérebro se movimentando e trabalhando mesmo quando você não está trabalhando, porque a solidão inevitável e o tédio, no mundo dos atores, podem te comer vivo. Eu tenho amigos que vem aqui e nós lemos peças em voz alta, e eu faço pinturas, e outras coisas o tempo todo, para que eu nunca me sinta como se estivesse simplesmente sentada por aí. Bem, com Thirteen no seu currículo, você não deve ter problemas para se divulgar e fazer mais coisas de bastidores.
Reed: Não, esse não é o caso. Algumas vezes você percebe que as coisas em Hollywood, a forma com que as estrelas e alinham e fazem as coisas acontecerem de uma forma perfeita, isso é raro. Não funciona realmente dessa forma. Isso realmente espalha o interesse a abre muitas portas, mas você tem que lutar muito duro, e eu faço isso, e escrevo muito, e eu acredito que as coisas virão disso.
Eu concordo. Por que não se unir com Catherine Hardwicke novamente? Entre Thirteen e Twilight, eu imagino que vocês fariam um ótimo par novamente.
Reed: Sim, absolutamente. Eu tenho certeza por um ponto ou outro. A coisa maravilhosa sobre Catherine é que há um genuíno respeito mútuo e agora eu não sou a única, porque o mundo todo viu seu trabalho. Eu realmente acredito nela e eu acho que ela foi abençoada, e é tão talentosa, e eu acho que eu posso dizer com confiança agora que ela acha o mesmo de mim, porque ela continua colocando-me nos seus filmes, e não há outra razão para isso, a não ser a de que ela ache que eu sou talentosa, e isso é muito lisongeiro. Nós não saímos nas nossas vidas pessoais. De fato, eu falei com ela uma vez no ano passado, e meia por e-mail; ela está fazendo um filme em algum lugar e eu estou orgulhosa dela e feliz por ela, mas nós temos um ótimo relacionamento profissional e então eu acho que em algum ponto, eu vou trabalhar com Catherine novamente.
Além do filme da Saga Twilight, o que você tem saindo?
Reed: Eu acabei de filmar um filme chamado Catch.44 com Bruce Willis e Forest Whitaker e Malin Akerman, e em termos de projetos antes de Twilight, há um segundo vídeo que eu dirigi ao mesmo tempo, simultaneamente de quanto eu fiz o primeiro, que acabou de ser lançado, então estamos trabalhando na edição e no lançamento desse.
É com a mesma artista?
Reed: A mesma artista, é.
Isso é ótimo. Parabéns!
Reed: Muito obrigada!